ABSTRACT
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) constitui um grande desafio ao processo de reabilitação por ocasionar, dentre os sintomas secundários, a hemiplegia espática com hipertonia, redução de força e flexibilidade muscular e alterações que dificultam a funcionalidade dos pacientes acometidos. Neste contexto, a intervenção fisioterapêutica deve ser frequente e contínua para minimizar as complicações inerentes a esta enfermidade. O enfoque deste trabalho visou em analisar a aplicabilidade de um programa de exercícios domiciliares para pacientes externos do Ambulatório de Bloqueio Neuromuscular Periférico da Divisão de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DMR) baseando-se na capacidade dos pacientes e cuidadores em assimilar e compreender a necessidade de executar os exercícios prescritos após a infiltração de toxina botulínica tipo A (TBA). Participaram deste estudo 30 pacientes que não realizavam tratamento na DMR, portadores de hemiplegia espática após AVE isquêmico ou hemorrágico que foram submetidos à infiltração de TBA nos membros inferiores. O manual proposto continha 13 exercícios e o fisioterapeuta assinalava quais deveriam ser realizados, de acordo com a musculatura infiltrada, com intervalo de tempo especificado a serem realizados diariamente...